O Flow é o estado fsiológico em que as capacidades do ser humano estão mais exacerbadas, quer fsicas, quer mentais. Há diversos gatlhos que induzem o estado de Flow.

Entre estes, o perigo assume um papel relevante. Nada como sentir medo para colocar a pessoa no presente! Há muitos exemplos de situações em que quando a pessoa está em risco de qualquer coisa indesejável acontecer, como perder uma grande quantidade de dinheiro, chegar ao fnal de um prazo, ser envergonhado, poder lesionar-se seriamente, surge uma força não se sabe de onde e tudo fica mais fácil. Grandes recordes e feitos se conquistam quando este estado está presente. Tudo acontece no cérebro.
O perigo recruta a atenção como poucas coisas, porque qualquer ameaça está intrinsecamente conectada com sobrevivência e não há nada mais relevante do que avaliar a situação e atuar. Este é um processo que não depende da consciência. Para a pessoa poder lidar com a ameaça, o cérebro induz um estado que gera maior foco, fica mais selectivo em relação aos estímulos sensoriais amplificando uns e desligando outros e consegue recorrer a recursos alojados em sistemas de memória quase inacessíveis conscientemente. Embora o mecanismo se inicie no cérebro, todo o corpo é envolvido.
Para além de tudo o que está a acontecer quando a pessoa está a lidar com uma ameaça, há duas substâncias que são produzidas que têm um efeito curioso, noradrenalina e dopamina. Estas trazem uma sensação de bem-estar ao mesmo tempo que aumentam a concentração e a performance. Por esse motivo é que as pessoas que se expõe a risco são recompensadas internamente e vão desenvolvendo esta atração. Quando o risco, no sentido das consequências de elevado grau, passa a ser visto como um desafio, torna-se muito sedutor e a pessoa tende a expor-se por se sentir recompensada. Só assim se conseguem grandes feitos. Portanto, traga alguns riscos moderados para a sua vida, pois pode contar com as capacidades que estão adormecidas e que irão levar a sentir-se bem!