Todos os dias recebemos pessoas que têm a perceção que para serem saudáveis é preciso sacrifício, esforço e desconforto. Por exemplo, em relação à alimentação, creem que terão de consumir o que não gostam. Até certo ponto é mesmo verdade. Há um dado curioso sobre a forma como a mente inconsciente humana funciona, que é tudo menos lógica. Se uma bebida souber bem, é porque não pode ser muito saudável.
Como diz o ditado, ‘Quando a esmola é muita, o pobre desconfia!’ Mas há mais curiosidades na relação que a pessoa tem com a sua saúde, que desafiam a lógica. Há a convicção que se a pessoa souber que alguma rotina é prejudicial, automaticamente se sentirá motivada a fazer a mudança. Na prática, não acontece, de todo, pelo simples facto de que ter a informação não chega.
Quando somos abordados por uma pessoa que não está feliz com a sua saúde e lhe dizemos que a única forma de resolver este problema é fazendo alterações profundas no estilo de vida, a pessoa olha para nós e sem falar diz tudo: ‘Não foi este serviço que paguei!’ O que ela pretende, bem no fundo, é poder continuar a fazer o que gosta, mas não pagar o preço por isso. Era tão bom que assim fosse! Era tão bom poder continuar a ter as rotinas que dão satisfação, como consumir os alimentos que dão prazer, ou não tomar as ações que exigem esforço, como fazer exercício regularmente. Mas há coisas que têm mesmo de se alterar, se não a resposta é sempre a mesma. Porém, na nossa experiência clínica a verdade é que na esmagadora maioria das pessoas não há grandes mudanças a fazer, apenas ligeiros ajustamentos. E mesmo quando algumas exigem um esforço maior, há formas de as tornar leves e divertidas.
Esta é uma das missões da Saúde Escudeiro. É por isso que nas nossas consultas, primeiro que tudo, tentamos saber o que a pessoa gosta, como funciona melhor a sua vida, quais são os condicionalismos e, tendo este ponto de partida, desenhamos um plano de ação de otimização. E nas áreas em que é mesmo necessário alterar algo, utilizamos a criatividade para fazer com que ser saudável seja um momento de satisfação.
As pessoas estão dispostas a pagar, e bem, por experiências que lhe alterem a realidade. Toda a indústria do entretenimento se baseia neste pressuposto. A nossa proposta na Saúde Escudeiro é fazer uso da mesma estratégia, aplicando a tecnologia combinada com diversas metodologias para que a experiência seja promotora da Saúde e da Performance. No fundo, trazemos para a vida quotidiana os mesmos recursos a que a pessoa tem acesso numa experiência intensamente criativa. A utilização de sistemas de biofeedback, de realidade virtual ou aplicação direta de estímulos fisiológicos procuram induzir no corpo as alterações necessárias, para alterar o funcionamento orgânico.
A pessoa pode mesmo ser saudável divertindo-se!