Uma das maravilhas da Natureza é a luz solar. Esta contém diferentes frequências de luz, umas visíveis e outras invisíveis, mas todas têm o poder de atravessar a pele e produzir efeitos na biologia humana. Consoante a frequência de luz, os efeitos são distintos, mas poderosos.
Assim que o corpo absorve a luz, esta converte-se em energia celular o que implica um aumento da actividade celular. A consequente estimulação metabólica produz efeitos muito disseminados como o aumento da produção de energia ou da rede de capilares para circulação do sangue. Ao processo de utilizar a luz para beneficiar o funcionamento do organismo, denomina-se fotobiomodulação. De uma forma muito resumida, a exposição à luz melhora a cicatrização, a reparação tecidular, reduz a inflamação articular e acelera a recuperação muscular após esforço intenso.
Uma das frequências de luz mais interessantes por ter demonstrado experimental e cientificamente os seus benefícios terapêuticos a nível da mitocôndria, a estrutura que na célula é responsável pela produção de energia e outras acções fundamentais, é a luz produzida pelos infravermelhos-próximos (760nm-1400nm). Estes fazem parte da radiação electromagnética que se encontra acima do espectro visível, ou seja, têm um comprimento de onda acima do visível o que os torna invisíveis, por isso não são detectáveis pelo olho humano, a não ser em certas condições. Para se ter uma ideia mais concreta, é a radiação que vem após o vermelho no espectro do visível.
Para se retirar todos os benefícios que a exposição aos infravermelho-próximos contém, sem os danos, é fundamental respeitar o comprimento de onda, a intensidade e a dose desta banda de frequências de luz. O conhecimento a reter é que a exposição solar ao início do dia previne as agressões à pele da exposição solar com elevada radiação ultravioleta e ao final do dia repara. Uma regra simples e prática a seguir é quando a sombra é maior que a própria pessoa, está-se a retirar benefícios dos infravermelhos, sem que se corra o risco de ser exposto aos efeitos nocivos dos ultravioletas quando estão no seu pico de intensidade.
Noutra comunicação falaremos das fontes artificiais de infravermelhos assim como dos benefícios dos ultravioletas.